quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A sétima letra do alfabeto - part 2.

Escrito por Karen Lou. às quarta-feira, dezembro 22, 2010
 Nunca achei que encontrar a pessoa perfeita seria tão fácil e rápido como foi pra mim.
Considero isso como uma benção uma vez que é você que me faz sorrir todos os dias de manhã quando lembro o quão somos felizes por estarmos juntos. Juntos, será que estamos mesmo?
Já te decepcionei e nunca quis isso, mas acho que foi melhor pra nos ajudar a crescer mas o medo de acontecer de novo ainda mora em mim. Porque você tem sempre que ser essa pessoa fácil de amar todos os dias? porque você não me odeia?
Quando nos encontramos pela primeira vez, nossa, aquela foi a experiência mais louca que já tive, fui encontrar alguém que nem sabia se era real, de onde tirei coragem? a resposta é simples: do meu amor.
Mau sabia eu que dentro do meu coração crescia um amor de dimensão indefinida e você alimentando isso a cada dia que se passava, mas também havia o lado ruim. Eu sou apenas uma garotinha que sente medo das coisas que ela não 
pode controlar e meu sentimento por você é algo que não consigo controlar. Como você pode me amar? amar uma pessoa como eu que pode mudar de opinião a qualquer instante, alguém tão cheia de manias como eu, será que não vê que sou um problema?
 A vontade de te ver ia crescendo e não pude me conter, tive que te ver uma segunda vez.
Lá estava você sorrindo pra mim e só o que eu queria era te abraçar forte e ver se seu coração batia de verdade pra me certificar mais uma vez de que não era um sonho. Pra minha felicidade la estava ele, batendo rapidamente como se fosse uma pequena bomba prestes a explodir e eu não pude evitar de olhar nos olhos e ver que você sentia o mesmo que eu, sim, somos reais, juntos, a combinação essencial.
 Sabe o que mais amo em você? o jeito como aceita meu jeito complicado e ainda tem coragem de fazer planos comigo. Ah, meu amor, não sabes o quanto me dói ouvir você falar de nossos filhos e de quando formos mais velhos...
 Tenho certeza que no dia da nossa despedida vou me sentir tão mau quanto em qualquer outro dia da minha vida porque vou estar dando adeus a pessoa perfeita. Vou estar dando adeus a pessoa que me ajudou a crescer, a pessoa que me amou independente de defeitos, que me aceitou como eu sou, a pessoa que eu poderia amar a vida inteira.
 Eu sei que você deve estar se perguntando: Se sou isso tudo então porque você tem que dizer adeus? , a resposta pra essa pergunta também é simples: Você é perfeito demais. Não que isso seja ruim mas isso faz de mim uma pessoa ruim. Não quero ser a malvada que não teve coração ao te deixar, apesar de já me enxergar assim. Acredite ou não, não há um dia que não pense nisso, desde o dia que pensei a primeira vez nunca mais parei. Penso no sofrimento a na dor da sua perda, penso no que você vai achar de mim, penso no que EU vou achar de mim e sinceramente, eu sou uma monstra e você jamais vai merecer nada disso.
 Bons momentos que passei com você que não vou passar com mais ninguém. Bons sentimentos que construí por você que não construirei por mais ninguém. Tudo correlacionado a você em mim foi novo e será exclusivo, somente seu. Minhas risadas, nossas intimidades, minhas manhãs animadas e noites íntimas e ainda existem as cartas que não te mandei, os textos que você não leu, as nossas vontades que não realizamos mas que um dia tomarão um rumo.
 Desejo-lhe tanta felicidade que um dia poderia te dar, desejo-lhe tanto amor quanto uma mãe pode dar a um filho e desejo que um dia o mundo possa ver a pessoa maravilhosa que você é. Queria que as pessoas te vissem na rua como eu te vejo e não como elas querem ver e eu tenho CERTEZA de que não haveria uma que não se apaixonaria por você.
Você é tudo o que alguém precisa na vida, você é tudo que alguém como EU precisa e nada mais. Você é o único capaz de completar alguém tão falho como eu de todas as maneiras e isso é realmente impressionante. Não sei do que você é feito e nem tenho certeza de quem te fez mas tenho certeza de que essa pessoa merecia ganhar todos os prêmios do mundo por Obra extraordinariamente sem defeitos. Mas o fato é que eu só quero poder segurar sua mão, olhar em seus olhos, abraçar você bem forte e sentir seu coração mais uma vez e ir embora me certificando de que nada entre nós tenha sido um sonho e tendo a certeza de que você foi a melhor coisa que ja me aconteceu e que meu maior erro foi ter te deixado por uma coisa que a maioria das pessoas comuns julgaria insanidade. Um dia eu vou segurar sua mão e mostrar ao mundo o que você significa pra mim e mesmo que isso demore anos, tenho certeza de que vai acontecer.
 Eu simplesmente te amo .

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A sétima letra do alfabeto - part 1.

Escrito por Karen Lou. às terça-feira, dezembro 07, 2010
 Ainda lembro do nosso primeiro encontro.
Primeiro de tudo, você me viu aquela noite com minhas amigas e preferiu ficar de longe me observando e decidiu que eu ia ser sua próxima vítima. O que você não sabia é que eu era um alvo praticamente impossível, primeiro por estar namorando, segundo por que de mim você não sabia da missa o terço.
 Como qualquer um faria, ele me adicionou no messenger e por ali começamos a conversar todos os dias incansavelmente, ele me mandava poeminhas e coisinhas lindas pra tentar me conquistar da maneira mais fácil que existe e eu? fingia amar e achar aquilo algo totalmente incomum. Ele tinha a vantagem de já ter me visto mas eu tinha a vantagem de ser nova porém não ser tão ingênua quanto ele pensava.
 Alguns meses de conversa, resolvemos nos encontrar e óbvio que não existia lugar mais conveniente que o baile da escola. Lá estava ele, com toda sua beleza e suas palavras que encantariam a qualquer garota, e aquele sorriso de 'essa já e minha' que estava estampado em seu rosto estava prestes a desaparecer quando ele soubesse que eu na verdade não tinha caído no papinho de conquistador dele e eu adorava aquilo tudo. Enganar e fingir estar sendo enganada sempre foi meu forte. Nós dançamos e conversamos e é claro que a essa altura já tinha terminado meu namoro. Mas como eu disse acima 'beleza e palavras que encantariam qualquer garota' e ele encantou uma.
 Enquanto ele beijava a minha amiga sem parar, de olhos abertos me observava dançar com as outras pessoas de maneira descontraída, mas meu olhar não mudava de direção nem por um instante e eu de vez em quando sorria de maneira convidativa pra ele e o sorriso de retorno eram quase gritos de desejo.
 No final da festa eu fui até ele enquanto a minha amiga se despedia dos amigos dela, me aproximei olhando sempre em seus olhos e quando cheguei bem perto de um beijo, desviei pro seu ouvido:
 - Festa animada não?- eu disse em tom irônico
 - É, mas eu estava em dúvida se foi tão bom pra você quanto pra mim, acho que foi um empate né? - ele era tão irônico quanto eu. Eu amava esse jogo.
 - Empatados então? - ele disse com cara de que realmente estava em dúvida.
 - Um empate é muito sem sal pra alguém como eu e assim que der vou querer desempatar esse jogo e fique sabendo você que eu não aceito perder.- me aproximei mais ainda dele e dei um beijo de leve em sua bochecha, sai sorrindo e bebendo o que restava do meu ponche com o canudo colorido.
 Voltamos ao nosso mundo de Internet  e ele me confessou ainda estar saindo com a garota da festa, eu ri e disse que seria bem mais interessante agora. E óbvio que seria, quando ele chegasse ao ponto de não aguentar mais ficar sem mim eu usaria a garota da festa como argumento pra dizer 'não' afinal, ela era minha amiga, eu não faria isso com ela.
 Dois dias depois de usar tal argumento, ele a dispensou e disse que agora o caminho estaria livre, mas se formava um problema: Ele estava MESMO gostando de mim.
 Bom, o que eu poderia dizer? eu não queria me prender naquele momento e não queria iludi-lo, foi difícil explicar que só o que eu queria era amizade.
E fiz bem. Quem diria que poderia nascer dali uma amizade tão legal, né?
 Juntos. Éramos conhecidos nas ruas como irmãos , mas é claro que eu não contava as maiores intimidades a ele até porque ele deixava claro que ainda tinha interesse em mim.
 Meses depois, decidimos sair, um bar onde todos os nossos amigos iam estar.
Era minha chance de brincar, apesar de parecer cruel eu ainda queria terminar aquilo e ganhar. Eu comecei a dançar com ele, agarrei-o pela cintura e grudei minha testa na dele o encarei nos olhos com sorriso de quem ia aprontar uma.
 Dançando eu fechei os olhos e cheguei o mais perto dele possível, ele tentou me beijar a primeira vez, eu desviei para a sua orelha, mordi de leve e disse "Tenta outra vez", ele veio da segunda vez, eu mordi seu lábio inferior nem tão de leve e sorri, sorriso esse que o incentivava tentar a terceira vez. Na terceira vez, ele tentou com mais brutalidade, me apertou em seus braços então quando menos esperei, estávamos nós dois chamando mais a atenção do bar do que de a banda que tocava no palco. Terminei de beija-lo após uns 12 minutos...

- Há quanto tempo esperava por isso?- eu mais uma vez, irônica.
- Tempo o suficiente pra elaborar esse momento com perfeição.- ele disse sorrindo
- Bom, pode começar a se gabar, acho que você conseguiu.- ele precisava de um crédito, realmente ele me surpreendeu.
- Pode deixar que vou me gabar até você me beijar de novo pra eu poder parar
- E porque você acha que vou fazer isso?
- Porque posso ver nos seus olhos que você não vai resistir a mim tanto quanto da primeira vez.- Droga! ele estava certo.
 Depois disso, queria continuar a amizade mas ele não queria só isso.
Logo comecei um namoro e ele ficou com tanta raiva de mim que parou de falar comigo, eu me importei mas não dei a importância devida. Logo, ele também começou um namoro e foi ai que voltamos a nos falar normalmente, mas não como os 'irmãos' de antigamente.
 Estava tudo 'bem', até que percebi que ele me fazia mais falta do que eu imaginei. Mas o que era aquilo?
 Não demorou muito e eu tinha terminado o namoro até porque, aquela era minha especialidade. Nunca me prendia a ninguém por muito tempo.
 Fui até ele e contei toda a história, mas o que mais doeu foi ver que ele me tratou como amiga, uma simples amiga.
 E aquele sentimento dele, aquele 'amor' que ele dizia sentir? pra onde tinha ido?
E o pior de tudo é que eu tinha ferido a ele mas do que podia imaginar e só agora tinha percebido.
 Mas pra minha surpresa, dias depois o namoro dele tinha virado poeira e como previsto, estávamos nós dois juntos. Até que em uma linda noite de verão enquanto eu explicava minha teoria de vida extraterrestre que o fazia rir de chorar..

- É, eu ainda te amo. Na verdade, nunca deixei de amar. Tudo em você me faz feliz, cada mínimo detalhe. Amo o jeito que você me diverte e o jeito que você vê as coisas. Queria que a eternidade fosse o bastante pra satisfazer minha vontade de você.- Ele disse em tom sincero, não como ele falava as coisinhas bobinhas do inicio de tudo, ele falava sério.
 Não tinha mais o que dizer, eu o olhei nos olhos e me senti tão feliz que estremeci.
Deitei em seu colo e fiquei observando-o por longos minutos sem dizer nada e eu sabia que estava deixando ele louco com aquilo, afinal, ele queria ouvir alguma coisa.

- Acontece que eu também te amo.- não havia mais nada a ser dito, nos encaramos sorrindo abobados, ele passou a mão em meu cabelo e me beijou.

 Eram dias felizes, horas no telefone e mais algumas no messenger, tudo parecia perfeito.
Nos fins de semana íamos ao parque e comíamos besteiras ou então jogávamos videogame com os amigos acompanhado de uma bela pizza. Até que decidi tomar a iniciativa. Fazia um mês que estávamos ficando e eu queria mais que o simples 'ficar'.
 Ele estava lindo com aquela camisa polo preta e aquele moicano extremamente perfeito e liso que acompanhados do sorriso largo e dos olhos apertadinhos me faziam tremer.

- Então, foi incrível o quanto evolui nesses dias, e você me fez sentir algo realmente novo, nunca quis alguém por tanto tempo quanto quero você. Não sei exatamente ao certo o que me fez te amar assim, mas acho que teu amor que me fez te amar e no final, acho que é isso que importa não é? mas enfim, eu só to te dizendo isso porque quero te pedir uma coisa, Você quer namorar comigo?- disse tão rápido, será que ele entendeu? A julgar pela cara de pasmo com feliz ele tinha entendido sim.

- Isso é sério? quer dizer, não era eu que tinha que fazer isso?- ele riu.
- Dá pra responder logo? cara como você enrola!- reclamei sorrindo.
- Nunca quis nada tanto quanto quero ser seu namorado.- Senti um alívio tremendo.

 Cinco semanas foi o suficiente pra esfriar tudo, seis pra chegar ao fim.
Como ele pode fazer isso comigo? depois de tudo que disse a mim, depois de ficar tentando por 2 anos, COMO ELE FEZ ISSO COMIGO?
Eu entreguei meu coração, minha alma e ele simplesmente jogou um balde de água fria em mim. Realmente descobri o que era dor e só o que me restou foi entrar em depressão muda. Poucos sabiam das minhas condições naquele momento, fazia questão de me mostrar forte então, três dias depois, suas atualizações na página on-line me disseram tudo.
 Lá estava ele exibindo sua nova e linda namorada enquanto eu chorava pelos cantos desejando nunca ter feito nada daquilo.
 Três meses depois, eu não falava mais com ele e tinha decidido que nunca mais ia amar alguém em minha vida e tinha dado certo. Voltei a minha vida normal de namoros relâmpagos e saideiras sem hora pra voltar. Estava tudo maravilhoso e eu estava bem. Até que ele decidiu tentar voltar pra minha vida. Mau sabia ele que desculpas não seriam o suficiente e que os danos que ele havia causado em mim eram irreparáveis.
 Só desejo que alguém o faça feliz como nunca tive a oportunidade de fazer, e que seja bem longe de mim pois não quero nem mais ser um ser passivo em sua vida. Não faço mais  parte dela e nem quero que ele note que fui embora, dessa vez pra sempre.


(Texto que conta a triste história de como fiquei em depressão pela primeira vez. Digamos que 90% foi verdadeira eu mudei certas partes. O cara esta muito mais gentil da maneira que descrevi.)



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Your heart is my place

Escrito por Karen Lou. às quinta-feira, novembro 25, 2010


Era 
um lugar triste de se ver. Não haviam cores, não haviam vozes, não havia música, mau era um lugar onde habitavam sentimentos. Era apenas um lugar frio e cinza que você preferia ignorar.
 Eu cheguei com toda minha felicidade e o som da minha gargalhada fez com que o céu daquele lugar se iluminasse e pronto, eu já tinha a luz.
 Abaixei perto de uma pedra e me sentei a modo de me recostar nela e fiquei pensando no que fazer pra transformar aquele lugar. Peguei uma de minhas sementes e joguei no solo seco, joguei o pouco d'agua que pude encontrar e voltei a sentar na pedra e observei aquilo o dia inteiro.
 Como pude achar que dentro de você nasceria algo tão depressa uma vez que você nem estava acostumado com uma intrusa como eu dentro de você?
 Mas algo me dizia que algo ia brotar dali, então aguardei sentada sob o sol e o vento que me fazia fechar os olhos e sorrir toda vez que tocava meu rosto. Adormeci, quando vi, tinha se formado um pequeno pé de alguma coisa que eu não sabia o que era. Cheirava tão bem aquela pequena plantinha, então tratei de repetir o processo em todo o campo, sementinha por sementinha fui colocando com calma e satisfação. Mas onde ia arranjar água? Sentei-me cansada em baixo de uma árvore seca e olhei pro céu, mas o sol estava tão em cima de mim que me cegou. Adormeci.
 Eram pequenos pinguinhos gelados e brilhavam juntamente com o sol, nunca vira jeito mais lindo de ser acordada. OH MEU DEUS! ESTAVA CHOVENDO. Comecei a dançar de felicidade embaixo daquela água extremamente gostosa, e mau acreditava no que aquele lugar estava se transformando graças a mim e de repente, tínhamos uma música, chuva, sol, céu, plantas, gramado e uma alegria contagiante, mas faltava alguma coisa pra eu deixar ser coração perfeito, faltava algo em você que você nem se quer acreditava mais, mas eu ainda tinha esperança de que acreditasse e se não acreditasse, EU ia fazer você acreditar.
 Vivi dias naquele paraíso, dormia e acordava repleta de felicidade e fazia questão de fazer da minha a sua constante alegria e aquela altura, já aviam até rios e pequenos lagos onde eu me divertia sozinha boiando e imaginando historinhas com as nuvens. Acordei após alguns dias, e lá estava o sentimento que faltava pra ficar perfeito. Eram pequenas e perfeitas florzinhas rosas e vermelhas que se espalhavam por todo o campo exalando um cheiro que ninguém nunca sentiu, um cheiro de açúcar com arco-íris que transformava o simples ato de respirar em um intenso frenesi que fazia meu coração acelerar, acho que aquele devia ser o amor, na verdade, tinha certeza de que era.
 PRONTO! seu coração estava perfeito de novo, graças a mim e minha felicidade que te trouxe de volta a nós, mas há um grande problema agora. Criei um lugar tão lindo e tão perfeito que não queria mais sair de lá.
Então me diz uma coisa, eu posso morar pra sempre no seu coração?

domingo, 21 de novembro de 2010

Agora é pra valer

Escrito por Karen Lou. às domingo, novembro 21, 2010
Aquilo não era uma despedida e ele encarou como se fosse.
Eu ri quando li a mensagem em off que ele me deixou dizendo que não ia aceitar me ver só uma vez, e mesmo fraca por causa da minha recaída eu consegui rir com gosto daquilo.
 Eu tinha melhorado, uma das primeiras coisas que eu fiz foi ligar o computador pra dize-lo o quanto desejava que ele fosse feliz nesse dia tão lindo que fazia lá fora, tomei os remédios necessários e durante o café pensei em coisas maravilhosas que queria dizer e inclusive explicar que aquilo não fora uma despedida.
Quando cheguei lá, eis a minha decepção. Quem era aquela intrusa?
Minha cabeça girou, meus olhos inundaram, senti meus dedos gelarem e meu coração se manifestar com violência na garganta.
É, ele fez certo, como sou boba em me sentir mau por isso. Ele está seguindo em frente e é isso que eu queria que ele fizesse não é? quer dizer, ele tem que me esquecer pra que eu o esqueça e por mais que isso doa muito é a coisa certa a acontecer.
Não consegui escrever mais nada que fizesse sentido. Mau sei se o que escrevi fez sentido e não tive forças pra voltar lá e verificar, quis logo escrever como me sentia em meu diário.
Não consegui escrever nada. Então, desenhei.
Desenhei eles dois de mãos dadas e sorrindo com corações saindo de suas cabeças e eu no canto escrevendo a bela história de amor que eles iriam viver, e ele não merece menos do que toda felicidade do mundo e é por isso que vou agora mesmo, engolir a seco o que tive de ver e desejar a ele tudo o que nunca pude dar: Amor e Felicidade.
É meu amor, agora sim, pode ser que seja a despedida e isso está tornando minha recaída em um tombo daqueles. Mas quer saber? talvez EU seja a intrusa em sua vida ...

"Parabéns, meu anjo.
Obrigada por dias felizes, meses felizes, por tudo.
Que a vida te dê muitos presentes e te ensine da maneira mais doce possível que existem dias ruins, mas que o dia de amanhã pode ser sempre melhor.
Realize seus sonhos, eles são lindos e merecem acontecer e você merece viver eles.
Seja sempre essa pessoa linda que você é, generosa, compreensiva, inteligente, dedicada e que a sua força de vontade te leve a todos os lugares que você pretenda ir (e ela vai te levar com certeza).
Enfim, só quero descobrir um dia daqui a anos que você está muito feliz."


Adeus.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Foi uma grande sorte te encontrar

Escrito por Karen Lou. às quinta-feira, novembro 18, 2010
" Se fosse pra defini-lo ou definir o que passamos em músicas, seria como montar o CD mais completo que alguém poderia ter..."
 Mas haviam duas em especial, duas que me faziam até chorar se ele não estivesse comigo.
Só o que eu queria fazer esta manhã, era correr até sentir o pulmão gritar socorro e gritar até o coração parar de vez, é um desespero que nunca sai de mim.
 Ele ainda achava certo dizer que era um cara sortudo uma vez que me encontrar era o maior sinal de azar que existe? como pode ser tão cego?
Eu também odiaria que ele ficasse me prevenindo uma vez que a escolha de gostar dele foi minha mas, eu tenho que ser sincera, não sou uma pessoa amável.
"I know just where I am"  será que sabe mesmo?
Espero que um dia ele entenda o porque que o avisei tanto sobre eu ser assim, mas também espero que entenda o quanto vai ser difícil pra mim se um dia tiver que ir embora porque de muitas coisas que pude sentir o que eu sinto por ele é totalmente e completamente encantador e inédito pra mim, algo que nem o maior dos entendedores pode explicar.
 Há tanta coisa que gostaria de dizer antes de me despedir e tanta coisa a se fazer...
é cara, You Found Me. Há dois trechos que dizem verdades entre nós dois, o primeiro é:

"Lost and insecure
You found me, you found me
Lying on the floor
Surrounded, surrounded
Why'd you have to wait?
Where were you? Where were you?
Just a little late
You found me, you found me"
 Pra falar a verdade eu encontrei você, mas você encontrou um meu 'eu' que nem fazia idéia que existia. É, um pouco tarde sim, na verdade bastante. Ter te encontrado antes ia me poupar tanto sofrimento, tanta dor... Me apaixonar por você mais cedo ia me poupar tanta angústia e ia me transformar em uma pessoa madura mais cedo e eu nunca achei que poderia perder tanto tempo mesmo sem saber.
 E quem é o surtudo -ou melhor 'A' sortuda- agora?
Só olhe a sua volta, todas as coisas que você poderia conseguir -e vai conseguir- e todas as pessoas maravilhosas que você tem , o que te fez me incluir nessa vida tão encantadora que você tem?
Seu jeito, suas palavras, atitudes, pensamentos, vontades, sonhos... absolutamente tudo em você apresenta um pouco de 'eu mesma' que nem dá pra acreditar.
Mas o outro trecho, diz uma verdade dolorosa...


"But in the end
Everyone ends up alone
Losing her
The only one who's ever know
Who I am, who I'm not
And who I want to be
No way to know
How long she will be next to me"


Passe para o masculino, e esse se aplica diretamente a mim. Eu já sei que meu fim é sem você e infelizmente é assim que as coisas tem que ser. Não quero te fazer mal, nunca quis e ainda me dói muito pensar no meu último erro com você. Me dói lembrar que já te fiz mal em algum momento da nossa história e uma das coisas que mais temo é que isso torne a acontecer e é exatamente por isso que tenho medo de me aproximar. Agora você entende?
Realmente, há fogo em suas mãos, um fogo que me conforta toda vez que chega perto, e não é algo que se possa impedir, é como um Super Poder que, nossa, como você consegue?
e não só em suas mãos, mas em seu coração também há um certo tipo de fogo, uma coisa que parece que só eu posso ver, uma coisa que se todos pudessem ver, todos se apaixonariam imediatamente e outros iriam querer tanto ser como você -assim como eu- que nem dá pra simplesmente imaginar.
Tudo correlacionado o você me faz bem, mas as vezes sinto que o meu fim na sua vida ta chegando, e não é algo que eu queira que aconteça, mas é algo que tem que acontecer.
Eu te amo, e eu nunca, nunca mesmo, vou me esquecer de você. Obrigado por ter sido o cara perfeito, obrigado por ter me ensinado tanta coisa, obrigado por ter sido VOCÊ em minha vida.

(eu juro que tenho muito mais a escrever do que isso, mas acho que meu coração simplesmente não aguentaria falar nem mais um segundo)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

I was born to love you

Escrito por Karen Lou. às terça-feira, novembro 16, 2010


Mas acontece que eu nasci mesmo pra te amar.
 Garota como você faz isso de forma tão graciosa? rouba meu coração sem ao menos estar perto de mim uns segundos? passo noites sem dormir pensando em como seria te encontrar e quando vejo, já estou eu ligando pra você na madrugada e sempre me vem o mesmo pensamento: Meu Deus o que é que estou fazendo? e desligo...  nem cinco minutos depois torno a tentar, mas agora com mais coragem. Ja te contei que sua voz sonolenta é a mais linda que já ouvi? 
Não vejo a hora de te fazer rir pessoalmente e observar cada milímetro do seu rosto, como se tirasse uma foto pra ficar guardada em minha mente. 
Não vejo ninguém mais perfeito pra mim do que você (e acho que essa pessoa nem existe) e cara, vê se admite logo que eu sou sua alma gêmea e daí vamos comer um macarrão delicioso? 
 Tudo o que você faz parece ser pra me deixar perturbado e o pior é que eu amo isso. Tudo o que você faz parece ser um jeito de me deixar mais próximo ainda de você, até suas crises me fascinam.  Quando nos encontrarmos vai ser tudo perfeito. Vou te abraçar até você implorar pra eu soltar, e ai vou te beijar com tanta vontade que você vai ficar em dúvida se eu estou tentando te beijar ou roubar todo o ar de seu pulmão e pode até parecer exagero mas vai por mim, não é.
Depois tenho certeza que você não vai saber o que dizer, e daí, vai me dar um tapa e depois gritar: ME MACHUCOOOOUU PÔ. E daí eu vou fazer tuuuuuuuuuudo de novo.
Porque não há nada no mundo e nem ninguém que me tire seu nome da cabeça e em qualquer lugar que eu vá, qualquer lugar onde eu já esteja, só faço pensar em como seria se você estivesse comigo, e até nas manhãs em que pego a condução pra ir trabalhar queria que você estivesse lá me fazendo sorrir porque você faz isso tão bem que poderia ser sua profissão. Não há nada no mundo que eu deseje mais do que você, não há plano mais bem planejado em minha mente do que o que fizemos pra quando nos encontrarmos e cara, mesmo você ficando assustada com meus defeitos (que não são poucos) eu vou fazer de tudo pra você ainda me amar dessa maneira que ninguém nunca amou. Garota, Eu ja to pronto pra você e se você permitir, vou realizar meu sonho de te fazer feliz. Eu não ESTOU pronto pra você, eu NASCI pronto. 

(Texto inspirado numa história de amor incansável que presencio todos os dias nos olhos de Julia. Essa é a que chamo de 'versão de Junior' apesar de não achar que seja tão organizadinha e certinha assim. -eles tem problemas mentais sérios, é sério- eu amo vocês dois juntos cara...)

domingo, 14 de novembro de 2010

Teve de ser assim

Escrito por Karen Lou. às domingo, novembro 14, 2010


 "No início me doeu tanto, tanto, tanto e agora eu simplesmente me acostumei com o fato de ter que deixar você partir."
 Já se passaram 10 anos e ainda me pego pensando em você nos meus dias mais silenciosos. O que será que aconteceu? Dois meses após sua partida, o contato ficou difícil e logo depois percebi que você não fazia mais parte da minha vida. Como pode esquecer de mim assim? será que me esqueceu?
Tenho certeza de muitas coisas a seu respeito. Tenho certeza de que te amei tão intensamente que chegava a me ferir quando vinha com assuntos que poderiam prejudicar nosso futuro. Tenho certeza de que você me amou, ou pelo menos gostou bastante de mim, o suficiente pra me deixar feliz. Tenho certeza de que você é a unica coisa que sinto falta daqueles tempos e tenho certeza, de que meu amor por você é eterno. Claro que, já tive umas paixonites pelos lugares onde passei... Três meses na França, umas semanas em Bali, um ano e meio no Canadá  e assim vai, porém, nunca tirei você do meu pensamento. Todos aqueles dias ainda eram fonte de felicidade, mesmo tendo se passado tanto tempo, sua gargalhada ainda me fazia rir no silêncio do meu apartamento, agora em Tókio. As últimas notícias que recebi de seu paradeiro, fora na Itália há 5 anos atrás, você estava lindo na capa da revista que dizia: 
Miglior marcatore del campionato!. Me lembro de como me senti, meu estômago pesava 70 Kg dentro de mim e meu coração tinha se tornado um nó na minha garganta me que sufocava e me fazia chorar de angústia. Não soube de mais nada!
 Lembrei-me de nosso primeiro desacerto e minha amiga citou uma frase conhecida de Sirius Black: Aqueles que nos amam, nunca nos deixam de verdade! e agora vejo o quão certa é essa frase. Eu nunca te deixei de verdade e provavelmente nunca irei deixar, já você... vive hoje em Barcelona com toda sua nova família e eu ainda me pergunto se ainda pensa em mim e como fez pra me esquecer tão rapidamente... Todas aquelas fotos, sabe, aqueeeeelas fotos? estão guardadas numa velha caixa que de tanto ser aberta está com seus dias contados. Não em canso de olhar nos seus olhos mesmo que eles tenham mudado de foco. 
Tudo a seu respeito ainda me faz tremer como criança, todas as lutas que assisto na madrugada solitária, todos os jogos pelo nosso Vasco da Gama, todos os Video Games e jogos imbecis que ainda jogo aos domingos quando a diferença de horário me faz perder a noite e tudo o que me lembra você, ainda me traz angústia. 
Não queria que fosse dessa maneira, era pra termos nos encontrado depois de um ano ou dois e começado a morar junto e depois viajaríamos de carro com uma mochila e uns trocados que conseguiríamos durante as viagens e depois, íamos ter nosso filho que poderia se chamar Seth ou Kenay ou até mesmo ser um "Jr" (eu gosto tanto do teu nome) e ai seríamos adultos divertidos e centrados e criaríamos nossos filhos (ou como você gostava de chamar, aberrações) em um lugar calmo e da nossa maneira louca.
 Enfim, acho que tudo aconteceu por algum motivo pelo qual rezo todas as noites poder descobrir e tentar consertar, mas acho que já é tarde demais pra nós dois e o que não foi dito naquela época, vai ter que ser mantido em segredo pra sempre.
 Só o que eu queria era um pouco mais de demonstração de amor, mais paciência, e mais compreensão  da sua parte, entretanto, teve de ser assim não é? 

sábado, 13 de novembro de 2010

A estrada de dois caminhos

Escrito por Karen Lou. às sábado, novembro 13, 2010

 Estávamos em uma loja, então quando saímos, subimos o morro com nossa mochila de Camping. 
Era um dia cinzento apenas com pequenos feixes de luz solar nas nuvens cinzas. Era um belo campo, e tinha cheiro de árvore e terra úmida, as pessoas naquela enorme clareira no meio da mata, estavam animadas com o acampamento, algumas estavam conversando, outras tocando um violão, e todas muito bem agasalhadas devido ao frio absurdo que fazia por lá. Não sei o que houve exatamente, mas ao invés de pararmos continuamos andando até chegar na estrada. Andamos por mais um bom tempo, mas as nuvens cinzas ficaram para trás e o sol estava nos esquentando de forma agradável, mas não o suficiente pra nos manter aquecidas. O sol ia se pondo atrás das montanhas e a cena ia ficando cada vez mais linda... de repente nos deparamos com algo surpreendente: A estrada mostrava dois caminhos;
 
 Acordei assustada com o barulho da chuva violenta la fora e percebi que tudo foi um sonho.
Obviamente, sabia qual eram os dois caminhos e o que aquele sonho significava, mas não estou pronta pra decidir qual dos dois caminhos vou seguir, e decidi ficar acampada ali no meio aguardando minha decisão que nunca irá chegar. 


(Para: Barbara Coulson cujo qual está nesse acampamento e está vendo que não é fácil; Julia Barbosa por estar  no sonho e nos ajudando a ficar firme diante de decisões. Obrigada) 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Número 10.

Escrito por Karen Lou. às terça-feira, novembro 09, 2010

Era como ver tudo o que você sempre procurou bem ali, bem na sua frente. E de fato era meu TUDO.
Como posso ter tanta certeza? eu também não sei... mas posso sentir quando aquele olhar se direciona a mim que não preciso de mais NADA.

 Eu estava sentada no fim da cama de solteiro e o observava com orgulho de mim mesma. Com aquele sorriso de anjo e aqueles olhos -que eram de um verde perfeito com fendas em mel- ele poderia conseguir qualquer uma. Então, a pergunta que nunca se cala em minha mente: Porque EU?
 Ele sorriu pra mim com certo desejo menos angelical que o normal. Quis saber o que ele pensava mas me contive pois sabia que ia me deixar envergonhada. 
 Parei pra observa-lo de verdade e o encarei séria e pensei comigo mesma: Não existem palavras pra explicar o meu sentimento por ele e aposto que ele se perguntava o que eu estava pensando também.
 Então amar é isso. Poderia olhar para aquela criatura diante de mim por todos os dias da minha vida e nunca ia enjoar da sua face e mesmo com o quarto mal iluminado ele ficava extremamente perfeito pra mim.
Nada mais faz sentido ou tudo começara  a fazer sentido ali? 
 Deitei em cima de seu peito e foi quando percebi que aqueles batimentos cardíacos era o maior combustível que me fazia funcionar, era como se cada batida equivalesse a um passo meu, então, o abracei mais forte e as palavras vieram com uma força brutal dentro de mim, mas pararam na garganta, "Eu te amo" era o que eu queria dizer, mas, será que devo? eu temia sua resposta ou sua reação a isso e de certa forma, ainda temo.
Ficar deitada ali era tão prazeroso que comecei a entender o termo "Amar até doer" pois era algo tão forte e brutal, me fazia respirar tão rapidamente e meu coração acelerar tanto que chegava a doer, porém, se fosse pra viver de dor, aquela seria minha escolhida. 
 Toda vez que o vejo entrar pela porta, ou chegar em algum ambiente meu coração para e em frações de segundos ele começa a acelerar novamente e esqueço de respirar, eu sei, pareço uma criança de 10 anos mas é algo simplesmente inevitável. Será que ele sente o mesmo? 
 Adoro observa-lo, sei de cada um dos seus movimentos e poderia fazer uma lista com todos eles e dizendo em que situação cada um é aplicado, como um dicionário.
Adoro observa-lo de longe, quando está distraido e dá sua gargalhada que faz ele fechar os olhos fazendo deles pequenas fendas em seu rosto que exalam um brilho fantástico e inacreditável de se ver e adoro cada mínimo detalhe dele, cada milímetro. 
 Sinto pena de mim por não ser como ele, e me faz rir lembrar que um dia ele disse: "Se eu fosse querer escolher alguém pra ser, seria você."
 AH POR FAVOR, QUE SER HUMANO QUE SER COMO EU? ele é louco por acaso? mas eu AMAVA ouvir aquilo.
Sinto como se nada do que eu fizesse fosse o suficiente pra retribuir o que ele me faz, e mesmo que ele não saiba -acho que ele não sabe- nunca vou ser o bastante.
 Amo tanto que chega a doer dentro de mim. DOER mesmo. Me dói a sua ausência, me dói quando (em minha cabeça oca) ele me despreza,ISSO ME DÓI, mas é algo que ja estou me acostumando bem, é como ser uma pessoa muito tatuada a unica diferença é que as marcas da dor não me agradam e não tem formas de desenho.
 Não sei se existem mais explicações pra algo com tal dimensão, mas acho que se um dia existirem com certeza eu que irei inventar porque faço o objetivo da minha vida, arranjar uma maneira de dizer a ele o quanto eu o amo e o quanto preciso dele, e eu sei que pode durar tempo suficiente pra vida tirar ele de mim, mas ainda sim irei caçar a explicação, até o fim.

"Texto dedicado a alguém que me ensinou muita coisa inclusive me ensinou que a esperança de que algo dure para sempre é a última das esperanças que vem a falecer."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

The Killer

Escrito por Karen Lou. às sexta-feira, novembro 05, 2010
 Ele estava sentado de modo reservado no canto da boate, onde os caras com dinheiro sentam para beber um whisky caro e fumar um cubano. Mas ele não me parecia estar ali pra isso. Eu estava no meio, bem de baixo do globo de vidro e onde tinha um palco que só mulheres podiam dançar. Ele estava arrumado para um evento social só que de modo desleixado. Uma camisa social preta com as mangas dobradas na altura do cotovelo e os botões estavam abertos até o meio do peito deixando visível sua camiseta branca, jeans apertado clássico e all star. Eu não sei o que ele estava fazendo ali, mas não olhava pra ninguém, era como se nem estivesse tocando música e quando ele soltava a fumaça do seu cigarro fazia um movimento tão despreocupado que até fechava os olhos.
 Logo me deixou nervosa, ali em cima daquele palco, todos os homens me olhavam mas ele nem me notava, não notava nada!
Comecei a dançar olhando diretamente pra ele e nem o meu vestidinho com decote em 'U' nas costas e um enorme 'V' que ia até o umbigo na frente estava ajudando, e olha que ele era minha arma mais poderosa. O QUE TINHA DE ERRADO COM AQUELE HOMEM?
Odiava me sentir impotente e quando ele começou a beber aqueles drinks de modo mais despreocupado ainda eu fiquei louca. Desci em um salto do palco e fui andando em direção a ele com uma raiva sedutora que me dominava. 

- O que está fazendo aqui se não dança e nem conversa com ninguém? - fui direto ao ponto. Ele me olhou de rabo de olho, depois virou a cabeça pra me observar soltando a fumaça do cigarro enquanto me encarava dos pés a cabeça. 

- Nem todos que frequentam esse lugar procuram o mesmo, você não acha? - ele respondeu voltando a olhar pra frente.

- O que você procura?- eu estava tão curiosa que até ignorei a forma rude que ele me tratou.

- O que você quer? - ele perguntou
- Dançar...
- Então dance.
- Quero dançar com Você.- Me sentei ao seu lado.
- Você é muito corajosa sabia?- ele disse bebendo um gole do drink
- É, faz parte do meu charme.- disse sorrindo ironicamente 
- Porque não toma um drink antes? - aaaaah ele só sabia fazer isso?
- Você só sabe fazer isso?
- É, faz parte do meu charme, e pelo visto deu certo. Qual é seu nome? - ele riu e nossa, ele era bonito! nem tinha me dado conta e aqueles óculos escuros o deixava  mais misterioso e sexy do que sua ironia constante.
- Meu nome não vem ao caso, e se seu charme deu certo? como pode ter certeza? posso ser mais uma interessada em qualquer um, não acha? - eu seeeeeei eu sabia que estava quase afirmando que era uma caçadora de homens na balada mas eu precisava saber qual era a dele.
- Não. Você não me parece uma mulher que procura e sim a que gosta de ser encontrada, então, meu charme funcionou.- ele abaixou o óculos, levantou a sobrancelha e sorriu me encarando com cara de desejo.
- É, você ganhou!- eu ri de lado e também encarei com certa promiscuidade.
- Ainda quero dançar com você gracinha.- coloquei meu copo de Fada Verde na mesa, me levantei em um salto e o puxei pelas mãos.
 Ele foi comigo pro meio e começamos a dançar. Dançamos todas aquelas eletro-houses e technos até começar AQUELA música. 'Ayo technology', eu amava dançar ela, e com aquele homem então, ficava melhor ainda. Envolvi meus braços em sua cintura e cheguei pra mais perto, senti sua respiração no meu ouvido e ele também me pegou pela cintura. Subi as mãos lentamente até os ombros e percebi que eram mais largos do que aparentavam ser, ele beijou meu pescoço e foi subindo lentamente, paramos de respirar por um segundo e quando percebi já estávamos nos beijando.

 O sol brilhava intenso no quarto onde tudo era branco e delicado. Senti o vento fresco entrar pela janela aberta então resolvi abrir os olhos. Lá estava eu no ninho do caçador me sentindo uma caça que estava prestes a ser abatida. Eu ri ao lembrar da noite passada e meu estômago revirou, parecia uma adolescente depois do primeiro beijo.
 A cama era extremamente grande e coberta com lençóis de seda perolada, não dava vontade de levantar. Observei minha roupa no chão mas nenhuma peça masculina. No quarto, havia duas portas. A primeira, aparentava ser do banheiro pois era menor e de vidro e a outra parecia ser a principal, obviamente, abri a maior porta esperando encontra-lo em breve e lembrar de como fui parar ali. 
 Abri a porta e a sala era totalmente diferente do quarto. Os móveis eram de mogno e combinavam com a lareira e inclusive o chão. A parede era vermelha escura e algumas delas tinhas quadros famosos, em cima da lareira o quadro Girassóis de Van Gogh me chamou atenção, óbvio que era imitação, mas nunca tinha visto falsidade tão perfeita.
 Algo me chamou atenção na mesinha ao lado do sofá de veludo negro. Um bilhete. DELE!
"Bom dia querida,
Sinto não estar ai pra lhe dar esse bom dia pessoalmente, mas achei melhor terminarmos tudo pela noite antes que virasse uma longa história, e sabe, não sou muito fã delas.
 Sei deve estar me achando um canalha, mas acho que fugir após uma noite incrível também faz parte do meu charme, e lembre-se: Eu fui a caça ontem a noite!
 Espero te encontrar novamente em breve, e finalmente descobrir seu nome, enquanto isso, não acho justo você saber o meu então...
 Passar bem, beijos" 

BINGO! mistério era tudo que ele tinha que fazer pra me deixar apaixonada, e de fato, estava.
Como pode um homem conseguir isso numa noite? e ainda sair como inocente, afinal, eu fui à caça.
 Não sei se vou ve-lo de novo, não sei seu nome, nem onde mora, mas tenho certeza que nunca mais vou ter uma noite como aquela. Ele era o matador, o MEU matador.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I'm worried I'll forget your face

Escrito por Karen Lou. às quinta-feira, novembro 04, 2010
Era um domingo normal. Estava sentada no meu canto favorito do Central Park, embaixo da árvore, perto da ponte e lendo meu livro favorito  só que na versão original de J.K Rowling. 
Desde que você se foi aquele livro, ou melhor, aqueles livros, se tornaram minha unica maneira de lembrar de você. Tudo foi jogado fora, todas as mensagens e tudo o que me lembrava você teve que ser reciclado e transformado em forças pra aguentar sua ausência. 
 Tem sido longos anos desde nosso último contato e ainda sim não esqueço sua voz e mesmo não tendo os visto de perto, lembrar dos seus olhos ainda me fazia tremer dos pés a cabeça. Lembrar que ambos seguimos rumos diferentes me deixava triste, e lembrar que nada mais podia ser feito me deixava pior ainda. 
Lembra quando fizemos planos de morar em Manhattan ? Amávamos tanto Nova York e você ficava lindo com a blusa que dizia: I  NY que poderia ter um estoque dela em casa e eu nunca ia enjoar. 
 Foi naquele silêncio que só existia em minha cabeça que resolvi entrar em desespero mudo. Fechei o livro, apoiei minha cabeça na árvore e olhei em direção a ponte, desejando ser você o próximo a virar aquela esquina e para minha sorte, lá estava você, agora um homem de verdade, com seu casaco marrom estranho e seu cuturno velho que me agradava tanto quanto obras de arte famosas. Lá estava você sorrido e iluminando mais uma vez a minha vida, como nos velhos tempos. Lá estava você, mas quem era ela?
  Para minha surpresa, não era a pessoa que eu esperava ser, mas poderia ser um fruto dela.
A menina era tão linda, aparentava ter seus olhos e teu sorriso e você a olhava de modo tão diferente, acho que era um modo paterno. Vinham andando em minha direção então resolvi olhar mais de perto e me levantei. OH MEU DEUS, EU ESTAVA FICANDO LOUCA?
 Não, não era você. 
"Ele era só uma ilusão de ótica, sob a luz de aviso, ele estava perto, perto o suficiente pra ser seu fantasma. Me diga onde é seu esconderijo, estou preocupada em esquecer seu rosto e eu perguntei pra todo mundo. Estou começando a achar que te imaginei o tempo todo (...) 
Pude me ver com cara de decepcionada de longe, como se não fosse eu ali.
 Logo quis sair de lá, em desespero andei em passos curtos e acelerados para casa, não enxergava mais ninguém, eram todos apenas vultos quando de repente...
 Não podia estar enganada, agora era você.  
 Um homem alto e bem vestido de frente pro elevador aguardando-o, com aquela touca preta que já devia ter bolinhas de tão usada, e olhava pro alto com ansiedade pra ver a luz vermelha atingir o 'Downstairs'. Não perdi tempo e parei ao lado dele mas pra minha surpresa, não era você, mas um homem incrivelmente mais belo. Minha cabeça pareceu dar um giro de 360 graus e logo me veio um enjôo e vontade de correr, eu resisti. Apertei o meu andar e ele não se moveu ao meu lado. A luz o elevador fazia com que seus olhos ficassem mais claros, quase duas lagunas em uma face de um liso perfeito. A porta do elevador se abriu e eu resmunguei pois ia ter que deixa-lo para trás. Andei pelo corredor me arrastando até a porta de mogno que tinha um olho mágico e abaixo o número 703. Quando dei a primeira volta na fechadura, ouvi uma voz grave que vinha do corredor.

- Sra. Birk? é a senhora?- O lindo homem veio em minha direção balançando um envelope no ar.
- Sim, mas... quem é você?- eu disse com cara de panaca ainda admirando sua beleza.
- Sou Rodrigo Novais...hmm, você não deve me conhecer.
- Claro que conheço..- minha voz aumentou umas oitavas e tive que pigarrear pra voltar ao normal. Era o irmão dele, o irmão mais velho. Nunca tinha visto antes e, nossa! nunca o imaginei tão lindo. Ele abriu um sorriso mais perfeito do que o que eu ja conhecia. Era impressionante! 
- Trago notícias do meu irmão, eu vim morar aqui devido ao trabalho e ele me mandou te entregar isso aqui.- me entregou o envelope.
- Entra, vamos tomar um chá. - estava disposta a implorar se ele resistisse ao primeiro convite.
 Entramos no meu apartamento e me senti envergonhada pela bagunça. Ele se sentou antes que eu convidasse e me sentei ao lado dele abrindo o envelope depressa.

 " Minha querida,
Sinto não estar ai pra te dizer isso pessoalmente, mas acho até que foi melhor assim.
 Estou feliz e gostaria que soubesse, estou vivendo no Arizona  -Mas pera aí. Ele não odiava o Arizona?- com minha família. Madeleinne e Isabell são minhas filhas gêmeas e gostaria que você pudesse conhece-las. Acho que algumas coisas entre nós ficaram mal resolvidas mas infelizmente vão ter de permanecer assim. Peço que não sofra por mim pois sei que esta sofrendo porque caso não se lembre, ainda posso te sentir.
 Espero que se de bem com meu irmão mais velho, ele poderá me substituir quando você tiver um de seus ataques ou quando precisar organizar sua casa (não duvido que ela esteja uma bagunça). Não me procure meu amor, isso será ruim para nós dois. 
Seja feliz, termine seus projetos e faça de mim apenas uma parte de sua vida que já esta arquivada. Deus sabe como eu te amei e você também deve saber, e deve compreender que agora é hora de me deixar partir. Procure não se relacionar mais com canalhas como aquele e procure sair um pouco de Manhattan.
 Com pesar digo que é o fim, mas a esperança de um dia te encontrar ainda mora em mim. 
 Beijos."


 Aquelas instruções eram típicas dele. Dizia pra esquece-lo mas me parecia que ele mesmo não queria isso. O que devo fazer agora?
Não tinha percebido, mas aquela pergunta foi um pensamento alto.

- Quer tomar uma cerveja? você parece mau, meu irmão é um covarde de abandonar alguém como você, aquele muleque...- disse Rodrigo passando o o braço pelo meu ombro.
Sem pensar me aninhei em seu colo e ele pareceu bastante confortavel também.

- Não. Vamos ficar aqui.- eu realmente queria ficar ali. Queria seguir a risca o que aquele homem tão amado me escreveu e pela primeira vez em tanto tempo me senti feliz.
Deitada ali com Rodrigo, o fim me pareceu mais um recomeço e eu estava disposta a ir até o novo fim.


- Texto inspirado na história de Barbara C. e seu amor platônico por TN. Com base na música Cornerstone do Arctic Monkeys - 
 

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