Era como ver tudo o que você sempre procurou bem ali, bem na sua frente. E de fato era meu TUDO.
Como posso ter tanta certeza? eu também não sei... mas posso sentir quando aquele olhar se direciona a mim que não preciso de mais NADA.
Eu estava sentada no fim da cama de solteiro e o observava com orgulho de mim mesma. Com aquele sorriso de anjo e aqueles olhos -que eram de um verde perfeito com fendas em mel- ele poderia conseguir qualquer uma. Então, a pergunta que nunca se cala em minha mente: Porque EU?
Ele sorriu pra mim com certo desejo menos angelical que o normal. Quis saber o que ele pensava mas me contive pois sabia que ia me deixar envergonhada.
Parei pra observa-lo de verdade e o encarei séria e pensei comigo mesma: Não existem palavras pra explicar o meu sentimento por ele e aposto que ele se perguntava o que eu estava pensando também.
Então amar é isso. Poderia olhar para aquela criatura diante de mim por todos os dias da minha vida e nunca ia enjoar da sua face e mesmo com o quarto mal iluminado ele ficava extremamente perfeito pra mim.
Nada mais faz sentido ou tudo começara a fazer sentido ali?
Deitei em cima de seu peito e foi quando percebi que aqueles batimentos cardíacos era o maior combustível que me fazia funcionar, era como se cada batida equivalesse a um passo meu, então, o abracei mais forte e as palavras vieram com uma força brutal dentro de mim, mas pararam na garganta, "Eu te amo" era o que eu queria dizer, mas, será que devo? eu temia sua resposta ou sua reação a isso e de certa forma, ainda temo.
Ficar deitada ali era tão prazeroso que comecei a entender o termo "Amar até doer" pois era algo tão forte e brutal, me fazia respirar tão rapidamente e meu coração acelerar tanto que chegava a doer, porém, se fosse pra viver de dor, aquela seria minha escolhida.
Toda vez que o vejo entrar pela porta, ou chegar em algum ambiente meu coração para e em frações de segundos ele começa a acelerar novamente e esqueço de respirar, eu sei, pareço uma criança de 10 anos mas é algo simplesmente inevitável. Será que ele sente o mesmo?
Adoro observa-lo, sei de cada um dos seus movimentos e poderia fazer uma lista com todos eles e dizendo em que situação cada um é aplicado, como um dicionário.
Adoro observa-lo de longe, quando está distraido e dá sua gargalhada que faz ele fechar os olhos fazendo deles pequenas fendas em seu rosto que exalam um brilho fantástico e inacreditável de se ver e adoro cada mínimo detalhe dele, cada milímetro.
Sinto pena de mim por não ser como ele, e me faz rir lembrar que um dia ele disse: "Se eu fosse querer escolher alguém pra ser, seria você."
AH POR FAVOR, QUE SER HUMANO QUE SER COMO EU? ele é louco por acaso? mas eu AMAVA ouvir aquilo.
Sinto como se nada do que eu fizesse fosse o suficiente pra retribuir o que ele me faz, e mesmo que ele não saiba -acho que ele não sabe- nunca vou ser o bastante.
Amo tanto que chega a doer dentro de mim. DOER mesmo. Me dói a sua ausência, me dói quando (em minha cabeça oca) ele me despreza,ISSO ME DÓI, mas é algo que ja estou me acostumando bem, é como ser uma pessoa muito tatuada a unica diferença é que as marcas da dor não me agradam e não tem formas de desenho.
Não sei se existem mais explicações pra algo com tal dimensão, mas acho que se um dia existirem com certeza eu que irei inventar porque faço o objetivo da minha vida, arranjar uma maneira de dizer a ele o quanto eu o amo e o quanto preciso dele, e eu sei que pode durar tempo suficiente pra vida tirar ele de mim, mas ainda sim irei caçar a explicação, até o fim.
"Texto dedicado a alguém que me ensinou muita coisa inclusive me ensinou que a esperança de que algo dure para sempre é a última das esperanças que vem a falecer."


