terça-feira, 5 de abril de 2011
Verdade Eloquente
"... Eu não sou o tipo de garota que os caras caem de amores, sou muito melhor que esse tipo de garota"
Todos cismavam de me comprar com outras pessoas e elas ainda comparam. Eu, sempre caindo em desvantagem e apesar da máscara mostrar que não ligava para o que os outros pensavam só eu e minhas paredes pintadas de verde sabem o que era ser julgada a todo tempo.
Um tempo atrás me pus a prova. Mas a futilidade não é bonita, ser fútil não é ser bonito.
Desse jeito fui seguindo sem entender o porque do comportamento irracional alheio onde a menina bonita era aquela que fazia de tudo pra chamar atenção, da infância à adolescência e sempre vivendo do brilho alheio e me perguntando: O que elas tem que eu não tenho? e por vezes me perguntei a coisa errada.
A adolescência chegou. Apesar do meu jeito desinibido de ser, eu sempre me sentia insegura, no fundo no fundo aquele medo de ser julgada por não ser como as outras sempre me perseguia, em silêncio, sempre presente. Mas assim como eu, elas também cresceram e ficaram cada vez mais lindas, e eu? ah, sempre fui assim mesmo. A conformidade foi a melhor maneira de lidar com os julgamentos e foi assim que vivi, até agora.
Mas hoje, sou pré-adulta. Todas as meninas ao meu redor são lindas, magras e desejadas mas não se comparam a mim. Não, eu não mudei fisicamente, mas hoje, sou o tipo de pessoa mais linda que pode existir. Sou gentil, não há nada mais nobre que a gentileza. Hoje sou forte e corajosa e enfrento tudo de frente, peito estufado e cabeça erguida. Hoje eu vejo no espelho o que não via antes: Eu vejo uma garra indomável, vejo uma beleza fantástica, hoje eu vejo em mim a pessoa que quero ser o resto da minha vida e que deseja que seus filhos sejam como tal. Hoje vejo no espelho o sorriso sincero acompanhados de um olhar profundo e impossível de desvendar. Hoje vejo a bravura de ser mulher, a vontade de ser grande e continuar crescendo e vejo a pureza humana que maus se enxerga em outros seres. E agora me faço a pergunta certa: O que elas não tem que eu tenho? Só que ao contrário da primeira pergunta, eu tenho resposta. Elas não tem o caráter e muito menos a bondade. Elas não tem a inteligência e nada que faça delas uma pessoa realmente especial, apenas sua beleza que se faz o adjetivo mais limitado que existe. Ser bonito é bom, mas ser EXTRAMAMENTE LINDA como EU SOU é melhor ainda e sem precisar de nem um terço do que elas precisam, e não preciso provar a ninguém além de mim mesma que sou tão linda e muito mais poderosa que todas elas juntas. Eu me amo demais.
Dedico a Barbara C que assim como eu, sabe como é ser linda sem precisar de muito.
Essa é a vida, minha vida que por sinal, sou extremamente apaixonada.
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